sexta-feira, 29 de julho de 2011

De partida para um pouco mais a norte

a viagem promete ser atribulada. deve durar, em princípio, apenas quatro horas… no entanto a dúvida está instalada.

na hora de pagar as passagens o horário do voo mudou… da madrugada de sábado, passou para a tarde do mesmo dia e depois de novo para a madrugada.

entretanto ao que parece será uma empresa polaca a fazer o transporte dos passageiros que a empresa cabo-verdiana se comprometeu a fazer mas que não faz porque o avião avariou.

no meio de tudo isto tenho apenas uma certeza… sábado vou passar o dia na casa de banho.

não porque esteja doente, afectado por um qualquer problema intestinal… mas porque é o local da casa onde poderei ter mais próximo o interruptor da luz e uma torneira. assim poderei passar todo o dia a ligar e a desligar a luz e a abrir e fechar a torneira, sabendo que irei ter luz e água de cada vez que fizer esses gestos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

sobre os movimentos independentistas e a sua (real) utilidade

há 26 anos que ouço dizer que o nosso pior erro foi entrar para a união europeia. não concordo. acho que o maior erro que portugal alguma vez cometeu foi não ter incluído os açores e a madeira na lista das independências.

mas sosseguem-se as almas.

os independentistas da madeira estão de volta.

parece que a FLAMA voltou. não é a revista que durante os anos 60 esteve presente em quase todas as casas portuguesas.

é aquela organização que em 1975 quis que a madeira fosse independente. aquela organização que na época fez explodir umas bombas e que nos últimos tempos se tem divertido a hastear bandeiras da madeira um pouco por todo o lado.

dizem eles que os continentais têm atitudes colonialistas.

mas ao mesmo tempo são incapazes de dizer que não querem receber os muitos milhões que todos os anos o estado colonial lhes atribui.

o dinheiro que o estado colonialista tira mensalmente, sob a forma de impostos, de todos os salários dos portugueses.

mas… espera… não foi com esse dinheiro que o novo aeroporto foi construído?

com o dos impostos pagos pelos portugueses… madeirenses, açorianos e continentais… certo?

e as estradas? a resposta é idêntica não é?

então… façamos assim… damos a independência ao arquipélago mas antes de virmos embora deitamos abaixo dois terços de tudo o que construímos com o nosso dinheiro.

os dois terços correspondentes ao dinheiro que a ‘metrópole’ e os açores deram à colónia.

se houver um referendo a perguntar se acho que a madeira deve ser independente eu vou responder SIM.